Giárdia em cães e gatos: sintomas e tratamento

Giárdia é um protozoário que causa infecção intestinal, os animais jovens são mais suscetíveis

Alguns animais podem não apresentar sinais clínicos e mesmo assim estarem infectados, a transmissão ocorre pela ingestão de água/alimento contaminado e contato direto orofecal.

Esses protozoários se aderem ao epitélio do intestino sem destruí-lo e o cisto é resistente ao ambiente por 18 meses. Depois de mais ou menos 10 dias o ambiente se torna insalubre por conta da ação dos sucos biliares e então os protozoários são eliminados nas fezes.

Quais os primeiros sinais?

Os sinais clínicos são diarreia intermitente, vômito, dor abdominal, desidratação, perda peso, depressão, fezes com muco fétida, aquosa, esteatorréia (gordura) ou hemorrágica.

Qual diagnóstico? 

O diagnóstico definitivo é por exames laboratoriais através do coproparasitológico que para ser fidedigno precisa ter 3 amostras em dias alternados (6 dias ao total), por isso, maior parte dos pacientes são tratados com base no histórico, anamnese e sinais clínicos. As próprias fezes podem ser bem sugestivas!

Qual o melhor tratamento?

O tratamento varia muito de acordo com cada veterinário. A medica veterinária Barbara Porciuncula comenta sobre o seu tratamento em animais com giardíase

“O início, eu seguia muito a literatura, mas com o passar do tempo e da experiência na clínica, comecei a montar meu próprio protocolo que é específico para cada quadro clínico que paciente pode apresentar e é claro que Nuxcell Plus sempre faz parte do meu protocolo.”
 “Na maioria das vezes não há necessidade de internação, mas para isso é importante que o tutor leve o animalzinho logo no início dos sinais. Caso contrário, o animal pode apresentar desidratação moderada à grave e acabar precisando de cuidados intensivos para fluido terapia e medicações intravenosas.” Finaliza a médica veterinária.

É muito importante lembrar que o ambiente também precisa ser “tratado” para que não haja reinfecção! Usar desinfetantes à base de amônia quaternária, higienizar comedouros, brinquedos, cama e tratar animais contactantes é de suma importância!

Quanto a vacinação Barbara relata que é questionável, pois não protege, apenas atenua sinais, mas na sua experiência não vê sinais atenuados dos animais que chegam até ela para serem tratados. Com isso, acaba tendo que fazer o mesmo protocolo de um animal não vacinado.