O Brasil é um país com uma população expressiva de cães e gatos domésticos. No entanto, ainda somos um país com baixíssima taxa de medicalização desses pets e isso inclui a vacinação deles.
Segundo a Associação Mundial de Clínico de Pequenos Animais (WASAVA), apenas 17% dos cães e cerca de 6 a 9% dos gatos tem acesso a vacinação no Brasil, infelizmente esses são números muito baixos. Embora pareçam sinônimo, existe diferença entre vacinar e imunizar.
Vacinar consiste no ato de aplicar a vacina, mas isso não garante que o indivíduo ficará imunizado. Afinal, as vacinas são substâncias biologicamente ativas introduzidas no corpo. Assim, elas estimulam uma resposta imunológica, fazendo com que o indivíduo fique protegido contra esses agentes no futuro.
Dessa forma, a imunização é o processo pelo qual um indivíduo se torna imune ou resistente a uma doença infecciosa, normalmente pela administração de uma vacina.
Devemos levar em consideração alguns fatores para conseguirmos vacinação e imunização adequadas:
- Uma vacina de boa qualidade;
- Conservação correta desde a produção até a aplicação da vacina;
- O sistema imune do indivíduo precisa responder adequadamente a vacina, por isso é importante realizar a vermifugação prévia nos filhotes e por isso também devemos utilizar simbióticos que irão atuar no intestino melhorando a imunidade do indivíduo.
A maior parte dos animais mama o colostro, que fornece imunidade passiva, ou seja, os anticorpos são passam da mãe para os filhotes nas primeiras 24 horas de mamada. Essa proteção se mantém até por volta da oitava semana de vida. Portanto até a oitava semana de vida, os anticorpos maternos que foram da mãe ao filhote pelo colostro impedem que a vacina promova imunização vacinal adequada, isso nos explica porque devemos iniciar a vacinação dos filhotes com 8 semanas e a necessidade de realizarmos reforços vacinais. Vacinar é necessário e preciso, para a saúde dos pets e de suas famílias.
Texto: Laura Rocco