Transfusão de sangue em gatos, como funciona?

A transfusão sanguínea na medicina veterinária é uma realidade mais comum do que muitos tutores pensam, sendo considerada uma medida terapêutica emergencial que visa transfundir sangue de um doador para um receptor.

Independente da causa, é preciso saber que seu efeito é transitório, permitindo que os médicos veterinários diagnostiquem e tratem a doença subjacente.

Os felinos também podem ser doadores, mas como em todas as espécies, inclusive humana, há alguns critérios para que haja a seleção dos doadores, como:

  • Idade: entre 1 e 8 anos;
  • Peso: maior ou igual a 4,5kg. Lembrando que os animais obesos não tem indicação de serem doadores;
  • Clinicamente saudáveis;
  • Vacinados (raiva e viral);
  • Vermifugados;

  • Controle de ectoparasitas atualizado;
  • Negativos para doenças infecto contagiosas, como: FIV, FELV, leishmaniose, mycoplasma;
  • Sem alterações cardiovasculares, cerca de 30% dos gatos cardiopatas tem ausência de sopro, por isso faz-se necessário um ecocardiograma, já que maior parte dos felinos precisam de sedação no momento da coleta.

Assim como para humanos, uma transfusão de sangue pode ser decisiva em momentos emergenciais, por isso, esteja sempre atento também à saúde do seu animal. Afinal, um dia ele pode precisar de uma doação ou, ainda, ser o doador que ajudará a salvar outro pet.

 

Texto: Médica Veterinária Luana Pontes –  CRMV 5472