Uma forma tradicional de identificação de pets usada pelas pessoas é a coleira. Porém, quando alguém rouba o animal ou ele foge, a coleira não é a melhor solução, pois o ladrão pode arrancá-la ou o pet pode perdê-la no caminho. Com a tecnologia moderna, desenvolveu-se uma nova solução, mais eficaz. Estamos falando do microchip. Saiba mais sobre microchipagem de pets e veja como o método pode ajudar você a manter mais controle sobre seu amiguinho!
O que é microchipagem de pets?
A microchipagem de pets é um processo que envolve o implante de um microchip no animal de estimação. É um procedimento que só um médico veterinário pode realizar.
Para implantar o dispositivo, se usa uma seringa específica, semelhante à seringa que se usa em vacinas. O veterinário insere a cápsula à altura da nuca, que é um lugar de fácil leitura, empurrando-a por dentro da pele usando o injetor. Não é necessário aplicar anestesia.
O chip em cães ou o chip em gatos é implantado somente uma vez, permanecendo para sempre no corpo do pet. Ele não funciona a bateria, fica inerte até sua ativação.
Quais são os dados contidos no microchip?
No interior de cada microchip, existe um grupo exclusivo de códigos numéricos. Para informar os dados do seu amigo, você preencherá um cadastro. É fundamental que eles sejam corretos e atualizados, pois servirão de base no caso de roubo ou de perda do animal. Esses dados ficam armazenados em um sistema na internet.
Além de dados sobre o animal, ficam registradas informações sobre você também: seu nome, telefones para contato, endereço e assim por diante.
Quais são as vantagens e as desvantagens da microchipagem de pets?
A microchipagem de pets apresenta vantagens e desvantagens. Entre as vantagens, destacamos a confiabilidade dessa solução, já que agrupa todas as informações do animal e de seu tutor ou petlover — não é possível falsificar os dados. Outras vantagens são:
- o cão/gato não pode perder o dispositivo;
- o dispositivo não precisa de recarga nem de manutenção;
- ele funciona pela vida toda do pet.
Vale lembrar também que a identificação eletrônica permite reduzir o abandono dos animais. A legislação moderna define pesadas sanções para pessoas que maltratam ou abandonam algum animal.
Quanto às desvantagens, destacamos a impopularidade desse dispositivo no Brasil. Consequentemente, poucas clínicas veterinárias realizam o procedimento.
Também é oportuno lembrar uma limitação do dispositivo: ele não funciona como um GPS. Sendo assim, não é possível rastrear o pet por meio de códigos emitidos pelo aparelho.
Porém, existem microchips mais avançados que contam com placa de identificação provida de QR Code. Assim, apenas se ocorrer a leitura, se enviará um e-mail ao tutor indicando onde está a placa.
Como funciona o processo de leitura do microchip?
A eficácia da microchipagem de pets não se limita apenas ao implante do dispositivo. A leitura do microchip é um aspecto crucial para que o sistema funcione corretamente. Mas como exatamente esse processo ocorre?
O microchip implantado no pet não emite sinais ativamente. Em vez disso, ele é “lido” por um scanner especializado. Quando se passa esse scanner sobre a área onde o microchip está, ele emite uma frequência de rádio de baixa potência. O chip, ao receber essa frequência, transmite de volta seu código único.
A maioria das clínicas veterinárias e abrigos de animais possui esses scanners. Quando um animal é encontrado e levado a uma dessas instituições, o primeiro passo é, frequentemente, escanear o pet em busca de um microchip. Caso se detecte um chip, se insere o código em um banco de dados nacional ou internacional, que mostrará as informações de contato do proprietário.
É importante ressaltar que a eficácia desse sistema depende da atualização constante dos dados do proprietário. Se você mudar de endereço ou número de telefone, é crucial atualizar essas informações no banco de dados onde registrou o microchip.
Além disso, com o avanço da tecnologia, os scanners tornaram-se mais sofisticados. Modelos mais recentes são capazes de ler microchips de diferentes frequências e de diferentes fabricantes, tornando o processo de identificação ainda mais eficiente.
Quantos animais a microchipagem já ajudou a encontrar?
Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem mais de 30 milhões de animais nas ruas de nosso país. Desse valor, cerca de 20 milhões são de cães e 10 milhões são de gatos. Uma parcela desses animais sofreu abandono ou se perdeu.
Em São Paulo, há colônias de gatos em terrenos abandonados e parques. Muitos deles se perderam. Geralmente, protetores de animais os recolhem. Dessa forma, o chip em gatos ajuda a identificar e encontrar seus tutores.
A AVMA (Associação Americana de Médicos Veterinários) estudou mais de 7.700 animais em abrigos norte-americanos e verificou que 52% daqueles que estavam com microchip e dados atualizados retornaram para seus lares.
Vale conferir alguns exemplos. Em Hortolândia (SP), uma cadela foi encontrada duas vezes por causa de um microchip: na primeira vez, os tutores a encontraram quase dois meses depois da fuga; da vez seguinte, encontraram depois de algumas semanas.
Outro caso interessante ocorreu nos EUA. Um cãozinho híbrido de Yorkshire desaparecido em 2014 foi encontrado em 2021 (sete anos depois!) a mais de 1.600 km de distância de casa — graças ao microchip.
A microchipagem de pets já é obrigatória em alguns países europeus e no Japão. O uso de microchip se tornou obrigatório na cidade do Rio de Janeiro em setembro de 2023. Gradualmente, essa prática vai se tornar corriqueira.
Depois de conhecer mais a respeito de chip em gatos e chip em cães, veja 8 atividades físicas para fazer com seu pet. Afinal, com microchip, você minimiza os riscos ao sair com ele!