A pressão arterial é um parâmetro vital que deve ser mensurada na consulta clínica de rotina.
Mas quando ocorre uma elevação persistente, tem-se um quadro de Hipertensão Arterial Sistêmica (PAS), que deve ser acompanhada devido aos riscos de lesões nos órgãos alvos: rins, olhos, sistema nervoso e sistema cardiovascular.
A incidência de PAS se torna maior em animais a partir dos 9 anos de idade, machos e de raça.
Existem três categorias de hipertensão:
- Hipertensão Situacional: onde os pacientes vão estar em situação de estresse ou sofrem da síndrome do jaleco branco (medo do veterinário);
- Hipertensão secundária: geralmente de origem renal ou endocrinopatias;
- Hipertensão idiopática: quando há ausência de uma causa predisponente e/ou clinicamente evidente.
A hipertensão pode ser classificada como:
- < 140mmHg – Paciente NORMOTENSO – Risco mínimo de lesão em órgão alvo;
- 140 – 159mmHg – Paciente PRÉ-HIPERTENSO – Risco baixo de lesão em órgão alvo;
- 160 – 179mmHg – Paciente HIPERTENSO – Risco moderado de lesão em órgão alvo;
- > ou igual a 180mmHg – Paciente SEVERAMENTE HIPERTENSO – Risco alto de lesão em órgão alvo.
O diagnóstico correto baseia-se em:
- Escolha do equipamento e manguito;
- Mensurações confiáveis da PAS;
- Múltiplas mensurações no momento da aferição (5 a 7) e em dias alternados.
A monitoração se dá:
- Gato adultos (3 a 6 anos) saudável – a cada 12 meses;
- Gato adulto senil (7 a 10 anos) saudável – pelo menos a cada 12 meses;
- Gato geriátrico (>11 anos) saudáel – pelo menos a cada 6 a 12 meses;
- Gatos com fatores de risco reconhecido – imediatamente e a cada 3 a 6 meses.
Escrito por: Luana Pontes – Médica Veterinária – CRMV 5472