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Causada pelo prozoário Giárdia intestinalis, a giardíase também conhecida como enterite por giárdia, gastrenterite por giárdia ou giardose,se destaca como principal doença prontozoal entérica clinicamente mais preocupante em pets, tornando-se um problema comumente visto em consultórios e hospitais. Acomete frequentemente animais jovens com idade inferior a 1 ano, porém, não há predisposição por gênero ou raça sendo que, quando estes vivem com outros animais, a infecção pode acometer 100% deles.  

As chances de contrair a doença aumentam em situações onde a transferência de imunidade passiva da mãe para o filhote não ocorreu de forma eficaz, além de casos onde haja desnutrição, condições de estresse e doença concomitante.

Seu potencial zoonótico e apresentação subclínica na maioria dos casos, em que não há sintomatologia, mas, a disseminação via fecal dos cistos contaminando outros animais, são fatores que fazem dessa patogenia epidemiologicamente importante. Sendo o risco de infecção maior em locais onde há alta densidade populacional e falta de hábitos de higiene e, o cisto em sua forma infectante pode sobreviver durante meses em ambientes.

Os indivíduos podem adquirir essa afecção através da ingestão de água e/ou alimentos contaminados com cistos provenientes de outro animal contaminado, caracterizando a forma indireta. Já na forma direta, a infecção pode ocorrer com o contato direto com animais doentes.

10 cistos são suficientes para causar a infecção e, os principais sinais clínicos apresentados pelos animais são: diarreia intermitente, vômito, desidratação, dor abdominal, perda de peso, depressão e até mesmo óbito. Normalmente observa-se fezes pálidas, com muco, fétidas e pastosas, podendo se apresentar hemorrágicas ou aquosas. Em adultos, na maioria dos casos, apresentação clínica é assintomática. O período de incubação dispõe de 9-15 dias posteriormente a ingestão do cisto e fase aguda 3-4 dias.  

Para diagnóstico pode ser feita a detecção de cistos nas fezes, com teste de flutação com sulfato de zinco. No entanto, é indicado a realização desse exame em três amostras de dias alternados, a fim de que se aumente a sensibilidade e não se gere resultados falso-negativo.

A escolha do tratamento se dá pelos casos sintomáticos, onde realiza-se fluidoterapia, administra-se antieméticos, analgésicos e protetores gástricos, além da modificação alimentar. A adoção de medidas de higiene é fundamental para sucesso do tratamento e preservação de eventuais reinfecções. Os cistos podem ser inativados com a aplicação dos compostos de amônia quaternária e água sanitária. Além disso, no mercado há disponibilidade de vacina para cães contra giardíase, que atuará como medida profilática, reduzindo a incidência, a severidade e a duração da eliminação dos cistos.

Ao identificar a sintomatologia supracitada em seu pet, procure imediatamente um médico veterinário.

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