Da lida como pastor, desbravador e guarda surgiu a segunda raça brasileira de cães, reconhecida internacionalmente em 1960
A origem genética do Fila Brasileiro é indefinida, mas sabe-se que está ligada à colonização e povoamento do país.
A teoria mais aceita especula que ele descenda de grandes cães portugueses e espanhóis. Mais tarde, na primeira metade do século XX, foi empregado pelos tropeiros nas rotas comerciais de gado.
As atividades pesadas e o ambiente de trabalho muitas vezes hostil, forjou, por seleção natural, este cão conhecido por sua rusticidade, robustez, coragem e determinação.
Trata-se de um cachorro meigo e próximo da família, mas desconfiado com estranhos, características que contribuíram para a popularização da raça nas décadas de 1970/80.
Os padrões físicos do Fila Brasileiro o tornaram conhecido ainda como Onceiro, Boiadeiro, Amarelo de Boca Negra e Cabeçudo Boiadeiro.
“Definitivamente, pode-se afirmar que a Raça Fila Brasileiro foi constituída e modelada de forma única e exclusivamente natural, sofrendo muito poucas intervenções humanas, e estas somente no intuito de uma triagem empírica e sempre voltadas a um melhor aproveitamento de suas funcionalidades originais, em seu ambiente nativo”, descreve a Associação Mundial de criadores do Fila Brasileiro.
O fila-brasileiro é conhecido pela fidelidade e devoção extremas ao dono, características que criaram um provérbio brasileiro secular que diz, “fiel como um fila”.
Dica de leitura: “O Grande Livro do Fila Brasileiro”, escrito em 1981 por Procopio Do Valle levanta hipóteses sobre o surgimento da raça: Leia aqui.
Com informações da Federação Cinológica Internacional (FCI); Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC)