Atrofia progressiva de retina em pets

A atrofia progressiva da retina em cães é uma morte generalizada das células da retina, chamadas de fotorreceptores, isso acontece por causa de uma programação errada no DNA dessas células, gerando uma reação em cadeia dentro da célula que leva à morte

As raças predispostas a APR são Cocker Spainel, Poodle, Labrador, Shinauzer e Bichon Frise. Em gatos, os mais acometidos são as raças Absínio, Siamês e Persa.

Os Primeiros Sinais

Com a degeneração das células da retina, o animal mostra-se apreensivo em ambientes estranhos, não desvia de obstáculos, evita degraus, demonstrando medo de escadas.

O déficit visual é mais percebido durante a noite. É comum que o tutor note queda de escadas e em piscinas. Gatos apresentam andar lento e temeroso, não se arriscam a pular e param de brincar. É preciso atenção e muito cuidado pois o animal fica exposto a vários perigos.

Exame Clínico

Clinicamente é possível verificar hiper reflexividade tapetal, diminuição do reflexo de ameaça e nictalopia (cegueira noturna). Há ainda diminuição dos vasos da parede retiniana e sua atrofia e escurecimento do nervo óptico com escavação. Reflexo pupilar não é parâmetro para se aferir se o animal tem ou não uma retina funcional, pois ele permanece presente até seis meses após a degeneração total da retina.

Na Atrofia de Retina Progressiva Central há:

  • Déficit visual diurno ( hemeralopia) e pode ter sua etiologia em distúrbios metabólicos ou em dietas deficientes;
  • Perda de visão central (local da retina onde há mais cones) e o animal apresenta dificuldade em ver objetos parados.
  • Predisposição hereditária e as raças mais acometidas são Labrador, Sheepdog, Border Collie e Golden Retriever.

Há literatura que afirma que a presença de catarata induz a liberação de produtos tóxicos para a retina, induzindo ao aparecimento da degeneração. Há outra corrente que diz exatamente o contrário – que a degeneração retiniana induz ao aparecimento da catarata.

O Diagnóstico

O diagnóstico da Atrofia Progressiva de Retina tem como principal exame a Eletrorretinografia. Este exame é capaz de detectar presença de atrofia e o estágio em que ela se encontra.

A Eletrorretinografia

Este refinado exame tem como objetivo aferir o potencial elétrico da retina, se ela está com suas estruturas funcionais ou não.

O exame necessita de preparo do paciente, com jejum alimentar e hídrico e de sedação. Uma lente de contato é colocada no olho do paciente, e eletrodos na orelha e face são posicionados. O animal recebe luz direta em flash e um computador registra se há ou não atividade elétrica da retina examinada por meio de gráfico e, em que estágio está essa degeneração.

A Eletrorretinografia é um exame refinado, capaz de avaliar camadas mais internas da retina. Este exame é decisivo para que se opte ou não por realizar no animal a cirurgia de catarata, pois se a atrofia estiver em estagio avançado, a cirurgia não trará beneficio algum ao animal.